Antes de falar da Provi, é importante dar um contexto sobre o problema socioeconômico brasileiro atacado pelo negócio. Apesar da queda do desemprego nos últimos anos, o Brasil vive um momento de estagnação da renda e de precarização no mercado de trabalho.
Aliado a isso, quando comparado a diversas nações da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil tem um baixíssimo índice de qualificação da mão-de-obra profissionalizante, e isso afeta diretamente o crescimento econômico, pois é comum ouvirmos que falta mão-de-obra adequada e treinada para certas atividades como nas áreas de mecânica, construção civil, saúde e tecnologia.
Por isso que a Yunus acredita muito na tese de impacto da educação profissionalizante, pois tratam-se de cursos acessíveis, de curta duração, e que afetam diretamente a empregabilidade e o aumento de renda das classes mais desfavorecidas.
Além de Provi, temos outros negócios no nosso portfólio dentro dessa tese, como Escola do Mecânico, MeuChapa e Vc_Tb.
A Provi é uma fintech que oferece crédito educacional para alunos que se inscrevem em cursos técnicos e profissionalizantes. De um lado, a empresa faz uma parceria com escolas especializadas - mais de 800 em diversos setores como tecnologia, mecânica, medicina, finanças e estética - oferecendo opções de financiamento acessíveis aos alunos dos seus cursos. Por outro lado, os alunos que adquirem os cursos têm a opção de financiá-los em até 48 parcelas por meio da oferta de crédito da Provi. Dentre essas centenas de milhares de histórias de alunos, destacamos duas abaixo, a da Bianca e do João Paulo ;)
Aluna: Bianca Padilha
Curso: Desenvolvimento Fullstack (Resilia)
Emprego Atual: Engenheira
de Software na iFood.
A Bianca é da área de educação e não conseguia uma oportunidade há algum tempo. Resolveu trancar o curso de graduação em 2021 e começou a pesquisar carreiras e possibilidades de transição quando encontrou a Provi. Quando notou que havia uma forte demanda por profissionais de tecnologia resolveu fazer um curso de 6 meses de desenvolvimento fullstack na Resilia, com o financiamento da Provi. Durante o curso, participou de uma maratona de programação, a ProviHack, e lá teve interação com a iFood, empresa da qual almejava uma oportunidade há mais de 2 anos. Ela participou do processo seletivo e foi contratada antes do término do curso.
“A minha vida mudou da água pro vinho. Eu trabalhava de domingo a domingo ganhando um salário mínimo e em menos de um ano, passei a ganhar cinco vezes o valor que eu ganhava. Isso mudou muito a minha vida. É surreal a transformação que as portas desse financiamento me abriram em um tempo tão curto. Eu não poderia ter feito essa transição de carreira se não fosse o financiamento da Provi. Não teria condições de pagar esse curso e conquistar esse emprego.” (Bianca Padilha)
Aluno: João Paulo Moura
Curso: Web Full Stack Integral (Labenu)
Emprego Atual: Associate Developer na Unico IDTech
João Paulo cresceu na cidade de Altos, no Piauí. Começou a se interessar por tecnologia depois do Ensino Médio, mas não tinha condições de arcar com um cursinho pré-vestibular e optou por fazer o curso técnico em informática pelo Instituto Federal do Piauí. Em paralelo, trabalhou como mecânico e cobrador de ônibus para arcar com os custos de locomoção até Teresina e auxiliar sua família. Durante a pandemia ficou desempregado e buscou cursos de especialização na área de TI. Foi nesse processo de pesquisa que conheceu a Labenu e a Provi. João cursou o bootcamp web full stack com duração de 6 meses. Ao final do curso, participou de um evento da Labenu, com a Fundação Estudar Tech, em parceria com a Provi, onde conheceu e foi contratado pela Unico IDTech.
“Quando contei para a minha mãe e para os meus irmãos que tinha conseguido a vaga eles não acreditavam que era verdade. Isso era totalmente fora da minha realidade. Sair de um emprego que eu ganhava 1 salário mínimo pra ganhar um salário de desenvolvedor! Estou há um ano e sete meses na empresa e aprendo lá todos os dias.” (João Paulo Moura)
* Fonte: Base de dados interna da Provi. Maio de 2024.
Em relação ao crescimento da empresa e aos próximos passos, eles foram adquiridos em 2023 pela Principia, outra fintech no setor de educação. No início de 2024, a Provi quitou o último pagamento da debênture da qual o Fundo Yunus investiu. Foram mais de 4 anos de parceria, na qual a Yunus investiu na primeira e na segunda debênture desse negócio social.
Depois de nossos investimentos, auxiliamos também na confecção de relatórios de impacto e de pareceres de segunda opinião acerca do impacto social positivo das debêntures emitidas pela fintech. Consideramos essa uma “saída” de sucesso em nosso Fundo, pois a dívida foi paga integralmente, e será reinvestida em novos negócios. Além disso, o negócio teve um crescimento exponencial, o que possibilitou um impacto escalável na área de educação profissionalizante.
Em entrevista à EXAME, a cofundadora e CEO da Yunus Social Business, Saskia Bruysten, explica como grandes empresas, investidores e empreendedores ganham ao buscar resolver problemas sociais e ambientais
🎙️✨ Tulio Notini, nosso Diretor Geral da Yunus Social Business Brasil, trouxe sua visão inspiradora para o nosso podcast "Impacto na Encruzilhada"! 🌍💼